sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Resenha: Ruby Red, de Kerstin Gier


Sinopse:

Gwen, de dezesseis anos, vive com a sua extendida - e um tanto excêntrica - família em um bairro exclusivo de Londres. Apesar da peculiar historia de seus ancestrais, ela teve uma vida relativamente normal até agora. O gene de viagem no tempo que corre como um segredo na metade feminina da família supostamente pulou Gwen, então ela não foi introduzida aos "mistérios" e pode gastar seu tempo saindo com sua melhor amiga, Lesly. Vem como uma surpresa desagradável quando de repente ela começa a tomar saltos súbitos e descontrolado ao passado.

Ela está totalmente despreparada para a viagem no tempo, sem mencionar tudo que vem com isso: roupas chiques, modos arcaicos, uma misteriosa sociedade secreta, e Gideon, seu parceiro de viagem no tempo. Ele é desagradável, um sabe-tudo, e possivelmente o cara mais bonito que ela viu em qualquer século.




"Ready when you are."
Começarei esta resenha contestando que eu tenho uma longa historia com esse livro. Se não me falha a memória descobri ele em 2013 através de *gifs no tumblr do filme e de recomendações de booktubers gringos. De cara gostei do enredo sobre viagem no tempo para diferentes épocas e ele logo se tornou um dos livros mais desejados da minha lista. Eu vi o filme (não achava com legenda em português e meu inglês "pra valer" ainda estava em seus estágios iniciais), apesar de algumas complicações eu gostei. Agora, 4 anos depois, finalmente li Ruby Red.


Esse é o primeiro da trilogia e devo ressaltar que é uma obra bem introdutória. Não acontece muita coisa e se o leitor listar os mini conflitos e as longas cenas explicativas são longas, dando a impressão de que o livro é cheio no ato da leitura. Eu não achei isso ruim mas quando me afastei "emocionalmente", pareceu pouco para compor um livro de 300 páginas, o que me fez pensar que no filme eles incluíram cenas, sejam originais ou dos próximos livros. Até o final do casal é diferente. Entretanto, a primeira parte da jornada da Gwen se passa em apenas dois dias, o que explicaria minha impressão. Ainda assim, o tempo cronológico poderia ter sido esticado para fornecer mais tramas.

Isso não quer dizer que não gostei do livro; pelo contrario, eu me diverti muito lendo, como eu sabia que aconteceria. Apesar da autora ser alemã, a história se passa em Londres, seja a atual ou a de séculos passados. As viagens que Gwen faz e suas reações são engraçadas, por ela não ter recebido o treinamento adequado antes.

Outro ponto positivo é que viajantes no tempo não são a única anormalidade. Há fantasmas fofos, gárgulas endemoniadas e uma tia vidente. A própria Gwen tem uma outra característica única.

Mas o que mais me interessou foi o conflito maior, aquele que será desenvolvido na trilogia: o caso Lucy e Paul. Não entrarei em detalhes sobre o que acontece mas se eu estou certa sobre o que caminho que a autora escolheu, eu estou muito feliz. Pode ser um arquétipo que não agrade todos mas eu amo. Além do mais, o que aconteceu com os dois antes do livro começar daria um livro incrível. Se Kerstin Gier escrevesse um livro de 700 páginas sobre a trajetória de Lucy e Paul, eu seria a primeira a comprar.


Ruby Red  uma leitura divertida e leve com uma pitada de fantasia. Valeu muito a espera de 4 anos. Se alguém por algum motivo não ler o livro mas ainda se interessou pela historia os filmes estão aí (mas não no Netflix :( ). Eu só vi o primeiro e, apesar dos efeitos visuais trash, eu gostei. Vale a pena dar uma chance.

Algumas considerações (com spoilers):
1. Gwen e Gideon são parentes?;
2. Espero que o Sr. Whitman apareça no Templo agora que sabemos que ele é membro dos Guardiões. Acho que a relação dele com a Gwen vai mudar depois que ela manifestou o gene e não a Charlotte;
3. Por falar em Charlotte, eu lembro de a ter odiado no filme mas no livro eu senti pena. A mãe ainda é horrível;
4. Quero que a Gwen conte sobre o Robert para o Dr. White. O homem desconfia de qualquer jeito.

Por E.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Here's To The Mess We Make

Filosofar pode ser visto mal compreendido pelo fato de que a filosofia não é descobrir as respostas, mas ter mais perguntas e isso é ilógico para certas pessoas. Mas é o que inevitavelmente acontece quando você quer achar uma resposta verdadeiramente, na raiz, na minúcia, você vê que aquela dúvida não está sozinha e aí você acaba com mais centenas de dúvidas que antes era só uma. Isso pode parecer terrível e assustador, mas o efeito é o contrário, simplesmente porque quando você acha que tem uma resposta você fica no automático e quando você busca por uma resposta você fica em alerta vivendo conscientemente.
Fred Elboni disse que é bom sentir dúvidas, que as certezas são monocromáticas, mas as dúvidas são coloridas, elas que dão cor a vida. Tudo bem que ele falava sobre escolha e possibilidades, e dúvidas pequenas como a sua escolha de faculdade, mas a essência aqui é a mesma, desde escolha do que comer no almoço até as mais profundas crises existenciais, porque questionar é colocar em dúvida tudo aquilo que todos tinham como certo, é fazer enxergarem com outros olhos, é abrir janelas, portas, construir pontes e destruir muros.

Muitos detestam essa bagunça, estava tudo tão bom no seu mundinho. Acontece que não há nada de errado em ser feliz no seu mundo, o problema é quando essa felicidade é só uma ilusão, quando você faz compras porque acredita que isso é terapêutico e te faz feliz, quando você se acha incrível por ter um pensamento padrão, porém preconceituoso, quando você está vivendo pra agradar os outros e ferindo a si mesmo, por não se permitir viver a sua própria vida. Isso tudo é tóxico, e parece óbvio, mas as vezes estamos tão no automático que nem percebemos o que estamos fazendo. Saímos atropelando tudo, cheios de razão, quando na verdade se acreditam que algo tem a completa razão, então a razão já se perdeu.

É como quando acreditavam que a Terra era quadrada, ou estava no centro do sistema solar, hoje parece uma coisa absurda, mas na época era uma verdade incontestável, afinal essa é a verdade, algo certo até que alguém prove o contrário. E tudo isso você só percebe questionando: quando amanhã perceber que o sistema foi montado para privilegiar uma pequena parcela da população, quando perceber que somos escravos do dinheiro, quando descobrirem que, na verdade, a Terra tinha forma de um hexágono. 


Até lá duvide, é divertido!
Portanto:
Um brinde a bagunça que fazemos.
Por J.W.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

2 Leituras para as Férias de Verão

As férias de muitos já podem estar acabando, mas ainda sim tem muita série pra colocar em dia, e muito livro pra ler, então separei 2 livros que são divertidos, de leitura rápida e que me lembram férias de verão. Férias de verão porque o clima influência muito minha leitura, por exemplo só consigo ler livros de suspense em dias de neblina, não em dias ensolarados com passarinhos cantando, ou então livros de mitologia egípcia que se passam num deserto de 39° graus, em uma tarde fresca de outono. Enfim, vamos para as resenhas:

A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.

  
A primeira resenha é o livro Fiquei com seu Número da Sophie Kinsella, esse foi um livro que me fez rir demais, não aquela risada de nariz, mas rir alto (por isso não recomendo ler em público, mas se você não tem problema com isso, já te admiro, e vá em frente!). Gostei muito da escrita da autora e a maneira como ela desenvolve a história. O final é muito emocionante, mas sempre com a graça que estamos acostumados desde o começo do livro, só senti falta de um epílogo, porque quando finalmente acontecem algumas coisas, o livro acaba, então podia ter um dois anos depois, só pra acalmar nossos corações e saber se ficou tudo bem mesmo. Mas isso não é nada que estrague o livro, porque o fim cumpre bem seu papel, de... bem... fim.

O segundo livro é o Teorema Katherine, de John Green! Algumas pessoas com quem conversei não gostaram muito desse livro, porque acharam esse livro diferente dos outros livros do John, mas foi exatamenete por isso que gostei, achei ele versátil, outra coisa que ajudou foi o fato desse ter sido o primeiro livro que li dele, então não sabia o que esperar e acabei me surpreendendo, depois li Quem é você, Alasca? e fiquei encantada com as questões filosóficas que o livro aborda, com temas como a vida e a morte e como lidar com as duas, mas como estava de férias queria algo mais leve e por isso achei a leitura perfeita. 
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Como deve ter percebido pela sinopse esse livro tem várias fórmulas matemáticas, que Colin usa na busca de seu teorema, mas eu achei tão legal que isso não me atrapalhou em nada a leitura, mesmo não morrendo de amores por matemática. Esse livro também me fez rir em muitas partes e me deixou com muita vontade de aplicar as fórmulas pra prever a duração dos relacionamentos, imagina que fantástico: sem decepções! Mas ao mesmo tempo sem surpresas,então fica o questionamento se é melhor saber como as coisas vão acontecer, ou se é melhor ir se deixando levar, sem saber o que esperar...
Adorei conhecer o Colin, e a dupla que ele e seu melhor amigo, Hassan, fazem é sensacional, mas uma parte especial do livro foi o bônus que teve depois da história, quando a história acaba um amigo do John que ajudou com a parte matemática do negócio explica o que ele pensou para elaborar as fórmulas, e aproveita pra contar algumas histórias dele, e o jeito que ele termina de contar... Ah, é demais! Sério mesmo! Foi o que fez o livro fechar com chave de ouro, na minha opinião.

Agora uma coisa que os dois livros tem em comum são as notas de rodapé, que em vários momentos achei as melhores parte dos livros:

Nota de rodapé sobre notas de rodapé da Poppy, do livro Fiquei com seu Número
Nota de rodapé do livro Teorema Katherine, esses alemães excêntricos...

Então se estavam procurando por leituras simples e gostosinhas, acho que esses dois se encaixam perfeitamente. Espero que gostem e aproveitem as férias (Ah, e não esqueçam o protetor!)!
Por J.W.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Recomendação de Fanfictions: Blue e Gansey, de A Saga dos Corvos

Começarei essa postagem escrevendo que eu leio muito. Livros físicos, histórias originais autopublicadas espalhadas por vários sites ou ficções de fãs. A facilidade de eu entrar mais em contato com esse último se deve ao fato de eu ser uma chata quando se trata em levar meus livros para fora de casa e alcançar meu celular ser mais conveniente. Até quando estou com uma ressaca literária ainda tenho pique para ler algumas one-shots de meus casais favoritos.

Esclarecido isto, cumprirei aquilo que escrevi em minha primeira postagem de que esse blog trataria de fanfics e trago minha primeira lista de recomendação e como o próprio titulo diz, o casal escolhido será Blue Sargent e Richard Gansey III, da Saga dos Corvos, de Maggie Stiefvater.



Adianto que todas são em inglês, o que eu sei que pode ser um desafio mas essas histórias tem um inglês simples e como todas são curtinhas é uma oportunidade para treinar a leitura (foi assim que eu comecei a ativamente ler em inglês; depois de um tempo você passa até a perceber alguns erros de gramatica desses autores).

Sem mais enrolações!

Opiate de followsrabbit [Não classificada]: Pós O Rei Corvo. O tipo de fanfic que é um alivio para qualquer um que sofreu com esses dois nos livros. Eu não o último livro ainda, mas essa fic não tem spoilers, não mais do que o óbvio pelo menos. É sobre eles sendo permitidos a se beijarem e a autora vai direto ao que importa.

dancing across the sky de aflightoffancy [Livre]: Gansey leva Blue a uma festa de sua mãe. É fofa.

Something More, Something Else (Motor City Remix) de Isis [Adulto]: A visão do carro de Gansey, Pig, sobre os dois. É interessante e tem uma cena que faz mais ou menos jus a classificação.

guess who? de ganseyism [Teen]: Essa foi escrita antes do último livro ser lançado, então pode ser lido como uma suposição ou apenas um universo alternativo. Eu gosto bastante, até porque me fez pensar como seria a vida dos personagens na faculdade, o que é sempre legal.

Taking Something More de sixappleseeds [Adulto]: Escrito antes de Blue Lily, Lily Blue. É basicamente smut, hentai ou qualquer que seja a palavra que preferir. Sem beijos e um falso sexo por telefone. E é isso.

in rainbows de nikkiRA [Teen]: Angustia é a palavra-chave quando o assunto é Bluesey, tanto no cânone quanto nessa fanfic. E eu a recomendo muito.

your embrace is a treacherous place de nighimpossible [Explicitoo]É necessário ter conta no site para ler, mas vale a pena esperar alguns dias para receber um email do AO3 com o seu convite. Novamente, smut, porém em mais de um cenário.

overanalyze again, would it really kill you if we kissedthis hope is treacherous, this daydream is dangerouson a tree in the garden i carved your name and the word is spelled, todos de  daisymeadowss [todos Teen]: Essa autora escreve esse casal com uma interpretação próxima do cânone e ela escreve muito bem. Leiam todas as fanfics dela de Garotos Corvos, valem a pena.

Helter Skelter de teanotes [Teen]Esse não é exatamente Bluesey mas foi uma das primeiras fics de Garotos Corvos que eu li. É um universo alternativo focado na Blue e nos Garotos Corvos e Road Trip e o resultado é bem satisfatório.

Com certeza tem mais histórias pela internet e com certeza vou continuar lendo elas. Quem eu não volto daqui a alguns meses com uma parte 2?

Por E.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Pra começar 2017 bem: consumo consciente + Marie Kondo

Já estamos quase na metade de janeiro, mas a essência do negócio é o recomeço. Dizem que 2017 será o início de um novo ciclo, porque a soma de seus algarismos resulta em 1, então vamos começar esse ciclo direitinho!
Eu não fiz metas para 2017, mas o mais perto disso foi colocar na cabeça que vou comprar o mínimo de coisas possíveis esse ano. Isso porque no final do ano passado vi um vídeo sobre coisas que usamos no dia dia que são feitas com trabalho escravo e que nem imaginávamos. Lá estavam celular, chocolate, borracha, etc. Mas o que eu lembro que me marcou foi o trabalho escravo de roupas, por conta do pedido de ajuda que as costureiras fizeram, elas colocavam bilhetes dentro das peças, ou costuraram bem pequenininho nas etiquetas, pedindo por socorro.
Aquilo ficou na minha cabeça porque todos querem fugir em algum momento, seja por alguma situação que estamos passando ou por uma simples aventura, e quando não dá pra fazer isso de verdade nos refugiamos em livros, séries, histórias, é a proposta do nosso blog, afinal. Mas essas pessoas devem querem fugir o tempo todo, e de verdade, não esquecer a vida delas por alguns minutos, mas mudar de vida de uma vez por todas! 
"Tá mas como podemos ajudar?" Essa é a parte que a gente entra, pensa comigo: se compramos uma quantidade excessiva de roupas (mantendo o exemplo), eles produzirão uma quantidade excessiva pra dar conta, então eles contratam várias pessoas para trabalharem mais rápido, e ainda vendem por um preço baixíssimo o que faz elas ganharem uma miséria por esse trabalho exaustivo, que deve ser feito em péssimas condições, em um ambiente medonho. Então se comprássemos o necessário, e não qualquer peça na promoção, não faria sentido pra eles produzir enlouquecidamente.
Além do mais, além de ajudar essas pessoas indiretamente, estaremos ajudando o meio ambiente diretamente, já que produzindo menos usaremos menos recursos, que estão cada vez mais escassos. 
Pra se ter uma ideia da dimensão do efeito de uma inofensiva calça jeans, uma foto do artigo da revista Vida Simples, Recordar é Viver, de Junho de 2014:
Talvez não dê pra ler tudo, mas só para ver que eu não estou exagerando, a parte dos 11 mil litros diz: "Uma calça que você compra na loja está encharcada com 11 mil litros de água." É água com força...
E o que isso tem a ver com Marie Kondo? Se você já ouviu falar nesse método, sabe que ela preza manter consigo apenas aquilo que traga alegria, e nunca manter algo "porque sim". Então aquela blusa que você ganhou, mas manteve só por consideração, mas nunca vai usar, passe adiante, porque a função dela já foi cumprida no momento que você recebeu. Fazendo isso você vai perceber que tem muita roupa, sendo que só usa cerca de 1/4 do total, tendo consciência de tudo que você tem e amando o que você tem aquele problema de "Não tenho o que vestir" acaba, e de sobra você ainda faz uma ótima ação, porque verá o quanto de coisa vai doar. 
Marie Kondo, também, quebra vários tabus sobre a organização, como nada de roupas de ficar em casa, nada de arrumar aos poucos, e finalmente foi um método que eu realmente percebi a diferença, isso porque a transformação não ocorre só na casa, mas em você. Arrumar a casa no método dela é uma atividade de autoconhecimento, você passa a perceber o que realmente te traz alegria e o que mantinha só por inércia. E a partir do momento que você sabe o que traz alegria você para de comprar coisas só por comprar. Então sabe aquele hábito de ficar nervosa e fazer compras? Ele acaba quando percebemos que isso é só uma ilusão momentânea.  
Outra grande ajuda que ele dá no probleminha que falamos antes, é que ele ajuda muito com o desapego material, eu fazia yoga e algumas meditações eram voltadas a desapegos, e desapegos materiais, especificamente, mas ler esses livros acelerou o processo em anos. Com isso eu não me sinto mais a vontade em lugares cheios de coisas, me sinto sufocada, prefiro lugares cleans e arejados, onde eu consiga ver rapidamente tudo que está no lugar, nada de coisas se sobrepondo as outras, e poluição visual e comprar várias coisas acaba indo exatamente contra esse princípio. 

Então é isso gente, precisava muito falar sobre consumo consciente, (falei consumo consciente tantas vezes... é pra ficar na sua cabeça!), mas como aqui falamos até agora sobre livros, resolvi unir os dois nesse post! Espero que tenham gostado, esse é um livro que vale muito a pena ser lido, (farei uma resenha só sobre ele, em breve), também espero que considerem e reflitam sobre tudo aquilo que falei no começo e façam um consumo consciente não só esse ano, mas daqui pra frente. Já desejei Feliz Natal, então agora um feliz 2017 e consumo consciente, porra! (Sorte do Agora Feelings ;)
P.S.: O link pra quem quiser ver o vídeo dos Fatos Desconhecidos sobre trabalho escravo (em pleno século XXI...): https://www.youtube.com/watch?v=xlUv3waksQI
Por: J.W.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Resenha: Prisoner of Night and Fog, de Anne Blankman

Sinopse:
Na Munich dos anos 1930, perigo espreita atrás de cantos escuros, e as ruas são enterradas dentro da cidade. Mas Gretchen Müller, que cresceu no Partido Nacional Socialista sob a proteção de seu tio Dolf, foi protegida desse lado da sociedade desde que seu pai trocou sua vida pela de Dolf, e Gretchen é
 sua favorita, seu bichinho de estimação.
Tio Dolf é outro senão Adolf Hitler. E Gretchen segue qualquer comando seu.
Até que ela conhece um jovem repórter judeu destemido e bonito chamado Daniel Cohen, que alega que seu pai, o adorado mártir nazista, foi na verdade assassinado por um colega desconhecido. Ela deveria desprezar Daniel, mas ela não consegue parar de escutar sua história - ela também não consegue resistir a atracão entre os dois, apesar de tudo que ela foi ensinada a acreditar.
A medida que Gretchen investiga as pessoas que ela sempre considerou amigas, ela deve decidir onde suas lealdades estão. Ela escolherá a segurança de sua antiga vida como uma amada dos Nazistas, ou ela ousará cavar a verdade - mesmo que isso possa fazer ela e Daniel morrerem?




Prisoner of Night and Fog, primeiro livro de uma duologia, foi uma ótima leitura que fechou meu 2016. Ambientado na Alemanha no início dos anos 1930, é um livro com um desenvolvimento de personagem interessante, pesado em certas partes e no geral uma narrativa que me prendeu até o final.  
"'Why are people unhappy?' and he had concluded that one way people try to lessen their unhappiness is by finding a group to hate." 
O amadurecimento da Gretchen ao longo da história é a melhor parte do livro. Uma adolescente inocente no começo, produto de uma criação voltada a não questionar nada, ela se rebela ao ser alvo de injustiças e ao passo que se aprofunda mais e mais sobre o assassinato de seu pai. Sua visão sobre a realidade muda gradualmente com a ajuda de Daniel, um jornalista judeu. Entretanto, como seria de se esperar, em várias partes ela hesita, pensando no que foi ensinado a ela até perceber qual o lado certo. De certo modo, ela representa o cidadão alemão da época, manipulado pelo poder de persuasão de Hitler, exceto que esse véu é retirado de seus olhos.
"[Hitler] was in a bad mood because he had seen an opera in which he didn't like the soprano, and he spent nearly an hour dissecting the singer's performance..." 
O mistério que Gretchen e Daniel investigam é bem fácil de decifrar para o leitor, por motivos óbvios, mas isso não estraga a leitura, Um ponto interessante é que muitos personagens apresentados são figuras históricas que a autora detalha o papel em um glossário nas notas finais do livro. 

Existem algumas cenas fortes que algumas pessoas possam ter dificuldade de ler, mas que são pontos cruciais para dar pontos de partida nos arcos dos personagens, Foram bem executadas, me levando a querer tirar a Gretchen da realidade dela e a proteger de tudo.
"'He doesn't understand things as we do, Gretchen. I shall have a talk with him.'
Gretchen froze. Surely she couldnt have heard it correctly. 'Mama, don't you see
what he did to me?'"
Admito que  em um ponto da leitura achei que no clímax a autora optaria por usar um Deus Ex Machina, mas ainda bem que foi bem desenvolvido e com um gancho para o segundo volume, Conspiracy of Blood and Smoke.

Para encerrar, uma foto de dois dos meu amores:



Por E.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Presente de Natal Atrasado: Livro S, de J.J.Abrams e Doug Dorst

Esse post é um pouco diferente: ele não é uma resenha avaliativa, porque ainda não terminei de ler, mas como já estou gostando muito dele, achei que seria uma boa ideia mostrá-lo, para que, talvez, mais pessoas conhecessem.


Esse livro é bem diferente porque a história vai além da história do livro. O autor do livro desapareceu, ou nunca existiu, e dois jovens que não se conhecem vão tentar descobrir esse mistério juntos, através de comentários, que eles mesmo vão deixando nos livros e devolvendo na biblioteca até o outro responder. Mas o mais legal é que você vai descobrindo as coisas junto com eles, e tentando juntar as pistas que eles deixam, como nas imagens, por exemplo, tem um cartão postal  e um artigo de jornal, que em algum momento eles serão importantes.
Até onde eu li, gostei bastante do estilo da leitura. Sinceramente estou gostando muito mais de ler os comentários do que as histórias em si, mas enfim, o conteúdo é muito bom, mas ao mesmo tempo o que destaca nesse livro é a estética: as páginas tem o aspecto envelhecido propositalmente, com manchas de mofo, manchas de caneta também ajudam a viver a história parecendo que os comentários foram escritos com pressa e fazendo você sentir a tensão daquele momento. Enfim, os detalhes são impressionantes, por exemplo, como é um livro de biblioteca, no final, na contracapa, ele tem carimbos de devolução, e riscos em cima das datas em que foram entregues, tudo isso faz a história parecer ainda mais realista, como se ela realmente tivesse acontecido, como algum diário secreto que você encontra, por acaso, em uma caixa velha quando vai passar as férias na casa da sua avó.


O único "defeito" por enquanto, é que estou demorando bastante pra ler esse livro, já que tem que ler basicamente duas histórias, (a obra de Straka, o escritor desaparecido, e os comentários do Erik e da Jennifer. Fora ir e voltar no livro entendendo as mensagens subliminares), então tenho esse livro desde o ano passado, e como leio vários livros ao mesmo tempo acabei deixando esse de lado, mas nada como as férias pra ajudar.
O fato é que na época em que eu comprei, haviam boatos de que foram feitos pouquíssimos exemplares, porque eles tinham que ser feitos na China, porque davam muito trabalho e nenhuma editora por aqui estava interessada, então ele custava por volta de 100 reais, tive que pesquisar bastante e esperar uma promoção, pra conseguir comprar, por, acho que, 69 reais, mas acho que hoje, por estar mais conhecido, fizeram mais exemplares e já deve dar pra encontrar na faixa dos 50 reais. Então acho que é uma compra que vale a pena ser feita, pra quem gosta bastante de livros, é quase um item de colecionador, e mesmo que você não tenha paciência pra ler a história, vale só pela experiência de tentar descobrir o que aconteceu com o escritor, ou até se ele existe...
Agora algo que pode ter ficado confuso foi a parte de falar que as editoras não quererem fazer pelo fato dele dar muito trabalho para fazer, isso porque as pistas são muito bem feitas,  alguns exemplos são:
"Veja a cópia da carta que eu achei na página 42", e você vai lá na página 42 e tem uma carta, não sei se foi manualmente, ou não, mas é louco pensar que tudo isso tem que ficar certinho para história ter sentido, ou então, um GUARDANAPO, sim, um guardanapo dobrado, onde as pistas são escritas "de caneta", sério, é muito bem feito. Basicamente foi ele que me fez querer muito esse livro, quando um amigo me mostrou o dele.
Outra coisa que eu gostei demais são essas frases de efeito que me fazem querer botar isso de fundo de tela pra ficar lendo. Achei poético...

Então é isso, não sei qual vai ser minha opinião ao chegar no final do livro, mas por enquanto é bem positiva, ele é perfeito pra fugir e viver outra história! Espero que gostem e feliz natal super atrasado!! :) 

P.S.: Esse livro também existe na versão digital, para quem quer um preço mais acessível, mas realmente não entendia qual seria a graça...

Por J.W.